sexta-feira, 19 de março de 2010

Noites de desesperança

Vozes veladas
no frio da madrugada
corpos dormentes
na gélida calçada

Pensamentos de esperança
anuviados na criança
a sonhar:
com a fome saciada,
um lar para morar.

- Mamãe tô com fome...
- Mamãe tô com frio...
- Num tem nada pra cume, fio!
olhos a chorar
numa desesperança sem par.
...

Noite após noite
a vagar
na esperança do Amanhã.

O Amanhã sempre a fugir
dos olhos marejados,
das bocas a bramir.

2 comentários:

Júlio César disse...

Olá!! Faz tempo que não vejo você por aqui... Adorei esse poema, ele é muito atual e esclarecedor...
Devemos sempre nos atentar a questão dos nossos irmãos... pois só uma coalizão de idéias e atitudes, podem amenizar o sofrimento alheio...

Abraços!!

J.F.AGUIAR disse...

Ju,é triste a nossa realidade, me
sinto tão impotente.Só Jesus para nos dar força para amenizar este
sofrer; e falarmos sobre o Pão
da vida que nos alimenta o corpo
e nossa alma.

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